No dia 5 de Junho vou votar. Faço-o desde os meus 18 anos.
Votei sempre em eleições de qualquer tipo, referendos e outras coisas que tais. É um direito que me assiste e um dever. Assim posso sempre reclamar. Posso sempre manifestar a minha voz contra ou a favor de algo.
Sou de direita. Podia não ser, mas não era a mesma coisa. Sempre votei à Direita, na esmagadora maioria das vezes intercalada por alguns votos em branco. Como muitos estou cansado deste sistema, destas pessoas, destes políticos que nos governaram e dificlmente e mais grave, vejo muito poucos com capacidade para fazer algo no mínimo que nos ajude a sair daqui. Tenho assitido com alguma tristeza às mais variadas cretinices nos últimos meses, isto em matéria de escrita e também de declarações de políticos que na realidade apenas se governam, e se esqueceram de nos governar. Com o passar do tempo e das variadas eleições também eu me desiludi. Já fui filiado em dois partidos e assim me desfiliei. Cansei-me, fartei-me de hipocrisia e de tudo o que rodeia a política em Portugal. Parece-me que não fui feito para isso. Isto quase que parece um discurso à esquerda mas não é. Não quero sair do Euro, quero cá o FMI para ajudar com é óbvio, não quero sair da União Europeia, mas por outro lado gostaria que se fizesse política pela política, apenas e só.
Este Governo governou mal, e teoricamente deveria ser punido.A oposição de esquerda tem sido verdadeiramente inútil. Tem feito propostas de coisas que sabe que não se podem cumprir. O PSD, ficou áquem do esperado, com uma gigantesca quantidade de idiotas úteis que só sabem falar e nada dizem, embora o seu líder tenha efectuado um esforço meritório. Ora, o PP, optou estrategicamente (e bem) pelo silêncio durante as negociações com a Troika, e apresentou propostas que merecem algum aplauso porque sabemos que se podem cumprir. Ainda ontem, Paulo Portas sugeriu e muito bem a redução para metade dos deputados. Alguém está interessado? Parece que não. Mas mesmo assim não vou votar no CDS, já o fiz em muitos outros momentos, e agora não. Porque sou coerente com as minhas convicções, e no passado o líder deste partido, teve atitudes que me desgostaram profundamente. Então volto a deixar o meu boletim em branco. Sonho, como os homens sonham de que dia, na AR, se mudará a Constituição e os descrentes que exercem o seu direito de voto, ou seja aqueles que não falam mal só por falar, e enchem manifestações para o "convívio", tudo será diferente e na AR haverão cadeiras vazias, não se pagarão esses sal´rios porque existirem portugueses que assim decidiram. Nesses dia, o voto em branco valerá. Sei que hoje não. Talvez discordem de mim, talvez concordem. É justo, afinal isto é uma democracia. Sonho também que os deputados da AR, ganhem o salário mínimo, excepção àqueles que são desempregados e aí poderão receber um salário por inteiro. Agora, malta que recebe milhares com pensões, ordenados de cargos não executivos, e outro executivos, que faltam sistematicamente receberem mais uns milhares, não me parece justo. E ESTA É A VERDADE.
Voto em branco, em consciência, sereno.
Se alguém um dia me fizer mudar de ideias, divulgarei por todos os meios o meu sentido de voto. Até lá serei branco.
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